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Mostrando postagens de setembro, 2009

EPISTOLADO DE DOMCARLOS DUARTE DA COSTA

CORRESPONDÊNCIA DE DOM CARLOS DUARTE DA COSTA Como todos os grandes líderes, é grande a Correspondência de D. Carlos. Sua presença foi uma constante na imprensa brasileira. Do nosso conhecimento quem tem um grande acervo dessa correspondência no Ceará é o Dom Antenor José da Rocha. D. Antenor, que este ano (2004) está com 84 anos de idade, foi contemporâneo de D. Carlos. Tivemos acesso a parte das correspondência de D. Carlos através dele, que em 1992 lançou uma publicação mimeografada, com parte dessa correspondência. é desse opúsculo, que extraímos as cartas que publicamos aqui. Como não tivemos acesso aos originais, não sabemos se as cartas aqui registradas são as únicas preservadas, nem o critério utilizado por D. Antenor para escolhe-las e selecionar os textos. Conversamos sobre isso, mas não ficou claro para mim. Pelo teor e estilo, tudoindica que os trechos que iremos reproduzir são realmente de Dom. Carlos. O resgate destes originais seria de grande valia para a preservação d

Dom Carlos Duarte Costa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação , pesquisa Carlos Duarte Costa ( Rio de Janeiro , 21 de julho de 1888 — Rio de Janeiro, 26 de março de 1961 ) foi um bispo católico excomungado pela Santa Sé e, posteriormente, fundador da Igreja Católica Apostólica Brasileira . Foi canonizado por seus seguidores como São Carlos do Brasil. Nascido na freguesia de Santo Antônio na capital imperial , concluiu seus estudos primários no Colégio Salesiano Santa Rosa , em Niterói , Rio de Janeiro. Em 1897 , aos nove anos, seu tio Bispo de Goiás, enviou-o a Roma para estudar no Colégio Internato Pio-Latino Americano. Retornou ao Brasil e estudou no Seminário Filosófico e Teológico em Uberaba , ordenado padre no dia 1º de abril de 1911 , pelo Cardeal Dom Joaquim Arcoverde. Foi pároco em várias igrejas no Rio de Janeiro e em 1923 foi nomeado Vigário Geral da Arquidiocese do Rio de Janeiro . Em 1924 o Papa Pio XI nomeou Dom Carlos como o segundo bispo da Diocese de Botucatu , s

MAIS DESASSOMBRO E MENOS PRUDÊNCIA : Gilberto Freyre

Ao manifesto dos arcebispos brasileiros em face da atitude do Brasil na guerra contra o nazismo não falta elegância de expressão. Sua prudência é que é excessiva. Faz de documento tão ilustre um convencional abaixo-assinado. Quando a verdade é que o excepcional das circunstâncias parecia exigir palavras do mais claro desassombro. Desassombro que não é menos das tradições do Cristianismo e da Igreja que as atitudes de tato, de fleugma, de reserva, de discreção. Pois o Brasil, tomando atitude contra as chamadas "Potências do Eixo", não entrou numa guerra igual às outras, mas num conflito em que sua participação moral vem dos primeiros dias de definição e afirmação do mesmo nazismo como movimento contrário ao Cristianismo e contrário ao amalgamamento de culturas e de raças que, à sombra do mesmo Cristianismo e sob o estímulo dos próprios reis cristãos de Portugal, são praticados entre nós desde os remotos começos da sociedade brasileira. Quando o hitlerismo levanta o seu es

SATANÁS PREGANDO QUARESMA ; Luis da Câmara Cascudo

Fonte: Acta Diurna 12 Natal-RN, 1 de agosto de 1947 Alguns jornais falam da “intolerância” católica e da necessidade da Igreja viver no tempo moderno com as chamadas idéias modernas. Dizem que há muita velhice emperrada e teimosa no mecanismo religioso do Vaticano e por isso a marcha ré é lenta e difícil no mundo atual. O Sr. Carlos Duarte da Costa, ex-bispo de Botucatú, ex-bispo de Maura, mereceu o privilégio de ser o primeiro Bispo brasileiro a ser excomungado no decurso de quatrocentos anos. Sobre sua cabeça branca caiu o raio manejado pela Sagrada Congregação do Santo Ofício em decisão de 24 de julho de 1947, a excomunhão maior, vitande, isto é, a segregação de todos os católicos do mundo, a ordem do Papa que nenhum fiel à Igreja Católica tenha comunicação com o sr. Carlos Duarte da Costa e todos o evitem, vitando. Essa sentença zangou muita gente e se diz que o excomugado vai passando otimamente, sagrando bispo e ordenando padres e na Igreja Nacional que ele fundou e que con

O BISPO LUGO E O CELIBATO OBRIGATÓRIO

O episódio envolvendo o ex-bispo da Igreja Católica Romana, Fernando Lugo, hoje presidente do Paraguai, reascende a discussão em torno da obrigatoriedade do celibato para os padres da Igreja Católica. Reafirmado pelos papas João Paulo II e Bento XVI, o celibato obrigatório é visto historicamente por muitos católicos, no Brasil, como antinatural e antibíblico. Dentre estes está o Pe. Diogo Antonio Feijó, que em discurso na Câmara dos Deputados em 1829, condenava esta regra da Igreja Católica. Aliás no período do Império, o celibato não era respeitado por muitos padres ilustres, como era o caso do próprio Feijó, e dos seus colegas de Partido José Martiniano de Alencar (Senador Alencar) e Tomas Pompeu de Sousa Brasil (Senador Pompeu), todos padres e com família constituída. Como havia um tratado entre a Igreja Católica e o Império, para que o catolicismo fosse a religião oficial, a punição de Roma nunca chegou a recair sobre estes e outros desobedientes à norma canônica. Com a separação