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Mostrando postagens de junho, 2007

dOM cARLOS O PIONEIRO

O PIONEIRISMO DO BISPO DE MAURA Artur Pinheiro* Dom Carlos Duarte da Costa, de quem já tivemos a oportunidade de comentar em outras ocasiões, foi pioneiro em muitas práticas da Igreja no Brasil. Ainda quando a missa era celebrada em latim, nas décadas de 40 e 50 do século passado, D. Carlos iniciou a celebração em nossa língua, demonstrando a sua visão de futuro e seu espírito revolucionário, para a época. Passaram-se aproximadamente 20m anos para a Igreja Católica reconhecer essa necessidade, o que viria ocorrer com o Concílio Vaticano II na década de sessenta. Seguiu piamente a orientação do apóstolo Paulo na epístola a Tito, no que diz respeito ao clero e assim ordenou padres casados na Igreja sob sua direção. Neste sentido resgatou uma luta antiga do clero brasileiro, encabeçada pelo Pe. Diogo Antônio Feijó, para que na Igreja do Brasil os Padres pudessem ser casados, já que o celibato obrigatório não era bíblico. Esta decisão histórica prevalece até hoje na Igreja Católica Ap

O MANIFESTO DO BISPO DE MAURA

MANIFESTO À NAÇÃO Igreja Livre no Estado Livre DOM CARLOS DUARTE COSTA Bispo do Rio de Janeiro “Pela leitura dos jornais do dia 06 de Julho do corrente ano, tive conhecimento que um homem, igual a mim, com os mesmos poderes que eu tenho, Bispo como eu sou,. Pastor de almas como eu sou me havia excomungado. Saiba o público brasileiro que, durante os mil primeiros anos da Igreja, nunca se recebeu como validamente decidido por sentença papal qualquer ponto de doutrina. O Papa é simplesmente o Bispo de Roma, como eu fui Bispo de Botucatu, e posteriormente, Bispo titular de Maura e agora, por vontade popular Bispo do Rio de Janeiro. Os Bispos de Roma, nos primeiros quatro séculos do cristianismo, nunca tomaram parte nas conturbações de seitas de gnósticos, montanistas e chiliastas. Não existe, na história, vestígios de decretos pontifícios propriamente dogmáticos, nos primeiros quatro séculos da Igreja. Até a disputa da Paulo de Samosata sobre Cristo, que teve lugar na Igreja Oriental, pro

QUEM FOI O BISPO DE MAURA

BISPO DE MAURA E A IGREJA BRASILEIRA Em 2007, se Deus quiser, estaremos lançando um opúsculo sobre o Bispo de Maura e a IgReja Católica Apostólica Brasileira, fundada por ela na década de 1940. O livro trará, de forma resumida um pequeno histórico do bispo, Dom Carlos Duarte da Costa, mais conhecido como Bispo de Maura; como surgiu a Igreja Brasileira; trechos de cartas de Dom Carlos para seus colaboradores e autoridades; a fundação da igreja no Ceará; um cordel sobre a igreja,; cartas sobre a igreja publicadas pelo autor em jornais do Ceará e alguns documentos tais como a cópia da certidão de óbito de Dom Carlos. A edição é da Editora Bagagem de Campina Grande-PB, dirigida pelo Prof. Dr. Hélder Pinheiro, da Universidade Federal de Campina Grande. Pouco se escreveu sobre o Bispo de Maura no Brasil, desconhecendo-se um fato histórico da mais alta relevância para a história da Igreja no Brasil. Na verdade a criação da ICAB configura-se como um cisma na Igreja Católica Romana no Brasil.

O PRECURSOR DO ECUMENISMO NO BRASIL

D. CARLOS, O PRECURSOR DO ECUMENISMO Antes do Concílio Vaticano II, a visão da Igreja Católica Apostólica Romana, em relação às outras religiões era muito diferente. Foi no referido Concílio que se instituiu o ecumenismo numa perspectiva de abertura para o diálogo com as outras religiões. Bem antes, porém, no Brasil, Dom Carlos Duarte da Costa, ex-bispo de Maura, instituía em sua igreja nascente, A Igreja Católica Apostólica Brasileira – ICAB, a prática da tolerância e do diálogo religioso, bases do ecumenismo. Em muitos documentos sejam eles decretos, artigos, cartas, o bispo se refere às outras confissões religiosas com muito respeito reconhecendo o papel de cada uma, a seu modo, como meio que o homem encontrou de chegar a Deus. Selecionamos dois pequenos textos em que isso fica evidenciado em situações distintas. O primeiro é um documento oficial da ICAB, o primeiro decreto assinado por ele enquanto bispo do Rio de Janeiro e presidente da ICAB. Diz o decreto: “Católicos, protestan